Acupuntura

Nosso corpo possui 12 canais energéticos principais (meridianos), que permeiam  nossa estrutura biológica.

Ao longo do percurso, esses canais possuem os chamados “pontos energeticos”, pequenos vórtices de energia, que podem ser detectados por aparelhos muito simples, que normalmente um acupunturista tem em sua sala (não para seu uso, pois já conhece todos os pontos), para demonstrar ao paciente esta realidade e aumentar a confiança no tratamento.

Esses pontos energéticos circulam por todo nosso corpo, inter-relacionando os órgãos e vísceras.

A correta aplicação das agulhas de acupuntura nesses pontos promove estimulação ou sedação, objetivando o equilíbrio energético do corpo.

O diagnostico na acupuntura é diferente daquele praticado pela medicina ocidental, pois pela visão da MTC  o organismo é um todo integrado, não se pode separar partes, pois uma depende da outra.

 Utiliza-se vários métodos diagnósticos como a pulsologia, auriculoterapia, sinais característicos na lingua,  nariz e olhos, somente para citar alguns.

A propedêutica na acupuntura inicia no momento que o paciente entra na sala. Nosso corpo expressa inúmeros detalhes. O olhar aguçado e treinado do acupunturista pode detectar isso e usar para o tratamento. Por exemplo: veias avermelhadas e mais salientes na face,  as chamadas teleangectasias, denotam triglicérides elevados. Pequenas  depressões em determinado local da orelha denotam probabilidade de doença cardíaca.

A acupuntura é muito usado e com excelentes resultados nas seguintes condições:

• Analgesia e relaxamento muscular
• Ansiedade
• Emagrecimento
• Estética
• Anti envelhecimento
• Equilíbrio imunológico – a acupuntura atua no sistema canabinoide. Este sistema, natural em nosso corpo, desconhecido para muitos, regula o sistema imunológico, ou seja, está acima dele
• Auxiliar no tratamento de muitas patologias – atuando no sistema imune, melhora a vitalidade do organismo, promovendo o bem estar de modo geral

Todavia temos que esclarecer: a acupuntura sozinha tem seus resultados, mas não é definitivo. O estilo de vida do paciente é fundamental e existem outros aspectos que tem que ser considerados.

Imaginemos um cenário: um paciente chega na clinica e relata dores no joelho. O acupunturista pode diminuir, na primeira sessão, tais dores. Mas não curou o paciente, então a dor vai voltar. Tem que investigar a causa.  A dor no joelho pode ser perda proteica (estrutural), mineral, sobrecarga, osteoporose, etc. O tratamento, além de aliviar a dor, deve corrigir aspectos nutricionais e do estilo de vida do paciente.

Em conjunto com a ozonioterapia, produz excelentes resultados.

Terapêutica objetiva restabelecer o fluxo da energia vital, ou seja, o estado de harmonia e para isso, lança mão de vários recursos.

Dentre os métodos básicos utilizados no tratamento pela MTC incluem:

Acupuntura: manipulação de agulhas em pontos específicos do corpo;

Tuina ou Tui: massagem com uso das mãos;

Farmacologia e Dietoterapia: terapia através dos alimentos;

Auriculoterapia: através de pontos específicos da orelha;

Moxabustão: acupuntura térmica com uso de plantas medicinais;

Ventosaterapia: uso de ventosas pelo corpo que realizam sucção para limpeza do sangue;

Psicoterapia

Práticas físicas: Gi gong, exercícios de respiração, relaxamento e concentração.

A Acupuntura é uma técnica de intervenção terapêutica da MTC que se fundamenta no primado da energia sobre a matéria, do doente sobre a doença, e na ideia de “tipos constitucionais humanos”, características de pessoas com determinados padrões físicos, estruturais, psicológicos e de comportamento (Hicks, Hicks, Mole, 2007).

No Brasil, a prática da Acupuntura foi introduzida na tabela do Sistema de Informação Ambulatorial – SIA/SUS em 1999, através da Portaria nº 1230/GM (Brasil, 1999), e sua prática reforçada pela Portaria 971, publicada pelo Ministério da Saúde em 2006, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde.

A acupuntura é a técnica de medicina tradicional mais difundida mundialmente, e conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde desde 1979.

Somente para ter uma ideia em 1997 nos EUA, levantou-se que cerca de 10.000 praticantes de acupuntura, atenderam a 1 milhão de pacientes/ano.

A palavra “acupuntura”, de origem latina, quer dizer etimologicamente “acus”, (agulha) e “puntur” (punção).

“NEI TSING” relata que as agulhas teriam vindo do sul da China, aonde “o sol era abundante e as terras eram férteis”. O clima era agradável e seus habitantes tinham a face rosada. As doenças geralmente eram causadas por “excessos, desse modo às agulhas eram usadas de modo a dispersar esse efeito patológico”.

“Já ao Norte o clima era frio e “reinava o vento glacial, as doenças advinham da ‘insuficiência e vazio’”. (VIVER NATURAL, 2006). Sendo assim as agulhas serviam para tonificar os órgãos e vísceras.

TCHENN TSING” (Livro da Verdade). Este foi o primeiro livro que trazia os pontos colocados precisamente sobre os seus respectivos canais, citando detalhadamente o nome de cada ponto. Começa-se também a se aplicar as regras de relacionamento entre os órgãos e vísceras, assim como a determinar o horário de atividade máxima de cada uma.

Foi na dinastia Song (século X ao século XIV) que a acupuntura começou a se difundir pela China, ensejando a criação da primeira faculdade de Acupuntura.

Para a M.T.C. os alimentos possuem características que auxiliam no tratamento das patologias físicas e psíquicas:

• Propriedade:(Quente, Morno, Neutro, Fresco, Frio)

• Sabores (Amargo, Doce, Picante, Azedo, Salgado)

• Função ( Relação a patologia)

• Horário de consumo

• Relação com as estações do ano

Na Medicina Tradicional Chinesa, quando vamos trabalhar com a Dietoterapia, podemos citar como um exemplo de dieta: A Adição de pimentas cujas propriedades são quentes, com sabor: picante, quando queremos a função de aquecer o sistema digestivo, eliminarmos a umidade e o frio, promovendo assim a digestão e a transpiração.

Também conhecida como auriculopuntura é uma forma de tratamento, baseada na ideia de que o pavilhão auricular da orelha, ou aurícula, é um microssistema em que todo o corpo é representado por um mapa.

  O pavilhão auricular é considerado uma parte muito importante do corpo humano por constituir um microssistema, podendo refletir todas as mudanças fisiopatológicas dos órgãos e vísceras, dos membros, tronco, dos tecidos e dos órgãos dos sentidos. Quando se produz um estado patológico em qualquer parte do corpo humano, sto é refletido na orelha com reações positivas de caráter e localidades diferentes, específicos a cada enfermidade.

Através de aplicação de sementes, esferas ou micro- agulhas é possível tratar problemas de saúde física, mental ou emocional, mediante estimulação mecânica destes pontos.

O mapa da Terapia Auricular é semelhante aos mapas de outras partes do corpo, como os que são utilizados nas práticas de reflexologia e iridologia. 

Neste mapa do pavilhão auricular encontra-se mais de 200 pontos.

Também conhecida como Moxaterapia é uma espécie de acupuntura térmica, feita pela combustão da erva  Artemisia sinensis e Artemisia vulgaris. O nome em chinês — 灸 – jiŭ (pinyin) significa, literalmente, longo tempo de aplicação do fogo. De história milenar, é originária do norte da China.

Baseia-se nos mesmos princípios e conhecimento dos meridianos de energia trabalhados na acupuntura, sendo amplamente utilizada nos sistemas de medicina tradicional da China, Japão, Coreia, Vietnã, Tibete, e Mongólia. Acredita-se que seja anterior à acupuntura.

A técnica consiste em aquecer regiões ou pontos de Acupuntura através da queima da erva medicinal, com a finalidade de promover melhora na circulação da energia (Qi) e sangue (Xue), otimizando a nutrição dos órgãos e vísceras (Zang Fu).

A moxabustão trata e previne doenças através da aplicação de calor em pontos e/ou em certas regiões do corpo humano.

A combustão da Artemísia tem a propriedade de aquecer profundamente. A aplicação do calor produzido pela moxa nos pontos ou meridianos de acupuntura, remove bloqueios de energia que obstruem o seu fluxo pelos meridianos, eliminando a umidade e o frio que promovem disfunções no organismo.

  A moxa é indicada para anemia, cólicas, debilidade do estômago, diarreias, enterites, epilepsias, flatulências, gastrites, alterações da menstruação e reumatismo. É ainda indicada para doenças crônicas, como rinite, bronquite e asma, depressão, angústia, ansiedade, medo, impotência sexual, frigidez, inflamação da garganta, dor musculoesquelética, psoríase, acne e eczema.

Segundo registro histórico esta técnica era utilizada pelos indígenas, onde eles a empregavam com utensílios como chifres e cuias, os chineses usavam o bambu, os europeus desenvolveram a técnica com copos de vidro. Com o passar do tempo e como a técnica foi sendo aperfeiçoada, hoje a aplicação passou a ser feita de diversas formas, sendo utilizado ventosas de vidro, acrílico, bambu e plástico.

A Ventosaterapia atua, principalmente, na estagnação da energia (Qi) e sangue (Xue), promovendo a circulação do meridiano ou região estagnada. Essa estagnação pode ser causada por entrada de frio, umidade externa, traumas, desarmonias dos órgãos e vísceras (Zang Fu), as quais podem ser ocasionadas por erros alimentares ou fatores emocionais diários, que são potenciais indutores de algias periféricas ou alterações das funções vitais.

A técnica é indicada nos tratamentos de diversas patologias, atuando com caráter terapêutico e também abrangendo tratamentos pós-operatórios diversos ou simplesmente visando a regularização do fluxo de Qi e sangue (Xue) nos meridianos, podendo ser associada a sangrias dos pontos.

A utilização das ventosas visa benefícios na prevenção e auxílio no tratamento de lesões musculares; relaxamento dos músculos; tratamento de dores superficiais; reforçar o sistema imunológico; tratamento de asma, resfriado e problemas respiratórios; liberação de endorfina, serotonina e outras substâncias analgésicas.

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma prática oriental milenar que utiliza métodos terapêuticos, praticado na China por milhares de anos.

A MTC tem por base a integração e interação entre o ser humano e a natureza, visando o equilíbrio geral das pessoas (Alvarenga et al., 2004).

O organismo é visto como um sistema energético e funcional e as doenças vistas como desequilíbrios energéticos, ou “quebra” na harmonia das funções orgânicas.

Os fenômenos que ocorrem nos órgãos são explicados por meio de síndromes (conjunto de fatores patológicos de origem interna ou externa ao organismo), que revelam como a base energética da existência e a expressão da matéria, a força vital (QÌ), está circulando no sistema de órgãos e vísceras da pessoa (ZÀNG FU).

O sistema considera o corpo humano como um todo funcional, energético e como parte da natureza, desta forma para se manter saudável é preciso conservar a harmonia das funções do corpo, mente e natureza.

A doença ocorre quando a harmonia é rompida.

Se falamos de energia, precisamos destacar como obtemos esta energia, a resposta fica simples, através da ingestão de alimentos, água, inter-relação com o meio ambiente , inter pessoal e da Respiração.

A energia (Qi) juntamente com o sangue (Xue),circulam pelos canais ou meridianos de nosso corpo, sendo que as mesmas possuem uma função específica em cada órgão, por onde as mesmas percorrem, sendo que no trajeto desta energia, estão os pontos de acupuntura, ai é que estão os locais onde podemos “influenciar” esta energia.

Existe inúmeros pontos de acupuntura, por exemplo nos Meridianos Principais temos 365 pontos, um para cada dia do ano e cerca de um total de 1.500 pontos utilizados na MTC.

O princípio para manutenção da Saúde e um Balanço entre ganhos e perdas desta energia.

Se ganhamos mais do que perdemos, teremos Saúde e Longevidade, do contrário: Adoecemos.