O que é diabetes

Segundo a biblioteca virtual de saúde, a Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos

Vamos abordar a diabetes além do conceito oficial, fornecendo informações para que as pessoas possam conhecer e atuar na recuperação da saúde.

Sabemos que diabetes é uma DOENÇA NUTRICIONAL. Logo, para obter melhorias na glicemia, precisa atuar no estilo de vida das pessoas. Você, leitor, vai entender a diabetes de uma maneira um pouco diferente da usual. Oxalá que ao termino da leitura, você tenha aprendido como melhorar sua saúde.

Conceitos iniciais

  Ø  Glucagon:

Glucagon é um hormônio produzido pelas células alfa do pâncreas. Esse hormônio atua no fígado, quebrando o Glicogênio (moléculas de gordura), liberando glicose na corrente sanguínea. Isso acontece normalmente quando estamos com pouca glicose no corpo.

  Ø  Incretinas e insulina

Quando ingerimos açúcar, um hormônio chamado Incretina (GIP e GLP-1) é liberado. Esse hormônio inibe o Glucagon e sinaliza o pâncreas para produzir Insulina.

Trato digestório e a produção de insulina

Quando ingerimos alimentos que possuam glicose, tais como carboidratos e açucares, o intestino delgado produz um hormônio chamados Incretina. As Incretinas sinalizam para as células beta do pâncreas para iniciar a produção de Insulina, pois tem glicose presente.

Naturalmente, logo após a produção das Incretinas elas são desativadas por uma enzima chamada DPP-4 (dipeptidil peptidase 4). Com isso, o pâncreas entende que pode parar a produção de Insulina, evitando sobrecarga de trabalho. 

Veja no gráfico abaixo como é o processo. As incretinas estimulam a produção de insulina, que baixam a glicose no sangue. Em seguida surge a DPP-4 e desativa as incretinas, parando a produção de insulina. Se tomar um comprimido de inibidor de DPP-4, não vai haver a desativação das incretinas, e o  processo de produção de insulina fica continuo, sobrecarregando o pâncreas. 

 

 

     Inibidores de DPP-4

Na fisiologia natural do nosso corpo a DPP4 destrói as Incretinas, com isso parando a produção de Insulina pelo pâncreas.

Os medicamentos que são inibidores de DPP4, ao desativar ela, permitem que as Incretinas fiquem ativas mais tempo. Com isso o pâncreas também vai continuar recendo sinais para produzir Insulina por mais tempo. Claro que uma produção maior de Insulina melhora a glicemia no sangue. O custo disso é que o pâncreas vai fazer hora extra.

Essa classe de remédios não vai resolver o problema da diabetes, vai apenas mascarar. O paciente, após algumas semanas, fica satisfeito porque pode continuar consumindo alimentos inflamatórios mantendo sua glicemia em níveis aceitáveis. Porém, com o tempo vem a prestação de contas. O pâncreas, pelo excesso de carga, vai cansar. Em estágios avançados pode até parar de funcionar.

Principais inibidores de DPP4:

Ativo

Medicamento

sitagliptina

Januvia

Saxagliptina

Onglysa

Linagliptina

Trayenta

alogliptina 

Nesina

Outros sais e medicamentos inibidores de DPP-4

  • Sitagliptina: aprovada pelo FDA em 2006, comercializado pela Merck & Co. como “Januvia”.
  • Vildagliptina: aprovada pela UE em 2007, comercializado na UE pela Novartis como “Galvus”.
  • Saxagliptina: aprovado pela FDA em 2009, comercializado como “Onglyza”.
  • Linagliptina: aprovado pela FDA em 2011, comercializado como “Tradjenta” por Eli Lilly and Company e Boehringer Ingelheim
  • Gemigliptina: aprovado na Coréia em 2012, comercializado pela LG Life Sciences.
  • Anagliptina: aprovada no Japão em 2012, comercializada pela Sanwa Kagaku Kenkyusho Co., Ltd. e Kowa Company, Ltd.
  • Teneligliptina: aprovada no Japão em 2012.
  • Alogliptina: aprovada pela FDA em 2013, comercializada pela Takeda Pharmaceutical Company.
  • Trelagliptina: aprovada para uso no Japão em 2015.
  • Dutogliptina: sendo desenvolvido pela Phenomix Corporation, na Fase III.
  • Omarigliptina (MK-3102): aprovada no Japão em 2015, desenvolvida pela Merck & Co., pode ser usada semanalmente.

Fatores diabéticos

A diabetes sempre tem dois fatores:

  • Resistencia Insulínica (RI)
  • Fadiga pancreática

O que é RI

Numa pessoa saudável, os receptores de insulina da célula estão desbloqueados.

Para entrar na célula, a glicose precisa da insulina.

Então, como exemplo, 100 moléculas de glicose precisam de apenas uma molécula de insulina.

Com um estilo de vida pouco saudável, os receptores de insulina da célula vão ficando parcialmente bloqueados.

Agora, as 100 moléculas de glicose precisam de 2 moléculas de insulina. Se o estilo de vida pouco saudável perdurar, as mesmas 100 moléculas de glicose vão precisar de 5 moléculas de insulina para entrar na célula, depois 10, 50, e assim por diante. Claro que o pâncreas vai sendo mais exigido, para produzir mais insulina.

O que é Fadiga pancreática

Com o passar do tempo, o pâncreas vai cansando de tanta atividade. Surge a Fadiga pancreática. Que pode evoluir para a falência pancreática, e a partir desse momento a pessoa vai precisar de usar insulina, será dependente dela pois já não produz insulina naturalmente.

Estancar, reverter, curar

A pergunta que todo diabético faz: tem como estancar, reverter ou curar?

Para responder, faremos outra pergunta: como começou tudo isso?

Tudo começou com um estilo de vida pouco saudável, muito açúcar, carboidratos e alimentos inflamatórios.

Como estancar, reverter ou curar? Simples, mudando o estilo de vida, desfazendo os erros nutricionais que vem cometendo.

 

Alimentação, a origem ou a cura da doença

Então como devemos nos alimentar?

Quando entrar em uma verdureira, dê uma boa olhada ao redor. Tudo que você vê ali você pode comer. Apenas recomendamos cuidado com a batata inglesa. Aquecida, ela tem 95% de carga glicêmica. Isso quer dizer que 100 gramas de batata inglesa aquecida têm 95 gramas de glicose. Ou seja, comer batata inglesa aquecida é quase o mesmo que comer açúcar.

Seu prato sempre deve conter muitos vegetais, legumes, gorduras boas (abacate, azeite de oliva, óleo de coco) e uma proteína (carnes). Faça um prato colorido. Cuidado com a quantidade de proteína, uma pessoa de 75 kg, segundo estudos científicos, pode consumir 70 a 100 gramas de carne/dia. Gorduras saturadas, como a bovina, pode ser ingerida, obviamente nunca em demasia. Aquela gordura da picanha, se você gostar pode ingerir sem medo. A gordura saturada não produz colesterol, isso é um mito que a ciência moderna já descontruiu.

Exames

Além do A1C ou hemoglobina glicada, pode-se pedir o exame de “Dosagem de tripsinogênio no sangue”, que detecta insuficiência pancreática.

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