Doenças autoimunes

O que são doenças autoimunes

A doença autoimune resulta de um sistema imunológico hiperativo que ataca seus próprios tecidos em vez de combater patógenos

Trata-se de uma resposta do nosso sistema imune a agentes invasores, tais como:

  • Bactéria
  • Vírus
  • Inflamação
  • Toxinas
  • Metais pesados
  • Poluentes químicos

Devido ao Mimetismo molecular, os anticorpos encontram em nossos órgãos e tecidos a mesma sequencia de aminoácidos que tem num antígeno (proteína mal digerida, toxina, poluente, etc.).

Tolerância oral e os anticorpos

Quando a tolerância oral é ultrapassada, ou quando o ataque é muito intenso, nosso sistema imune desencadeia uma resposta autoimune, ativando as nossas células T, que vão induzir a produção de anticorpos pelas células B. Isso é perfeitamente natural. Nada mais significa que nosso corpo tentando nos proteger.

O problema é que a assinatura do agente infeccioso pode ser parecida com a assinatura de nossos tecidos ou órgãos. Então os anticorpos começam a atacar nosso próprio corpo.

Se esse ataque for eventual, muito esporádico, não tem maiores problemas. Mas a frequência importa bastante. Se estamos expostos a patógenos ou toxinas o tempo todo, podemos estar criando anticorpos o tempo todo. Isso é um grande problema.

Segundo o National institute of allergy and Infectious desease (NIIH) existem mais de 80 doenças autoimunes. Algumas delas:

  • Diabetes
  • Artrite reumatoide
  • Lupus eritematoso sistêmico
  • Sindrome do intestino irritável
  • Tireoidite de hashimoto.

Ranking de causas de morte no mundo

Segundo o Pebmed, a principal causa de morte continua sendo as Doenças coronarianas (31,8%). A segunda causa de morte é Câncer (17,08%). As demais não passam de 7% do total.

O levantamento exposto acima não leva em consideração as Doenças autoimunes. Segundo estatísticas, é a terceira causa de morte no mundo.

Porém… se você considerar a realidade de que Doenças coronarianas e Câncer podem ser ocasionados por doenças autoimunes, então podemos afirmar com segurança:

Doenças autoimunes são a principal causa de morte no mundo

Então, não vale a pena saber mais sobre elas? Precisamos jogar mais luz nesse assunto tão desconhecido da maioria da população. É o que pretendemos fazer nos próximos parágrafos.

Ingestão – digestão – absorção – utilização – excreção

Em nosso organismo temos alguns processos orgânicos naturalmente interessantes: ingestão, digestão, absorção, utilização e excreção. 

Se qualquer desses processos não ocorrer, ou ocorrer de forma incompleta ou deficiente, vai gerar múltiplos eventos que podem ser desagradáveis.

  1. Um alimento ingerido pode não ser completamente digerido por causa do PH mais elevado do estomago.
  2. Uma vez digerido, pode não ser absorvido, pois faltaram enzimas para quebrar as moléculas adequadamente para passar para a corrente sanguínea.
  3. Depois de absorvido, pode não ser utilizado, por causa da resistência insulínica ou receptores celulares bloqueados.
  4. A utilização dos nutrientes pelas células gera detritos celulares, que precisam ser excretados. A atividade muscular (exercícios) faz com que esses restos de processamento celular sejam encaminhados para o sistema linfático. Na falta de exercícios, podemos ficar intoxicados.

Barreira intestinal

No intestino temos a barreira intestinal que faz o filtro entre o que está no intestino e o que vai para a corrente sanguínea.

Essa barreira intestinal, vista a partir do intestino, possui micro vilosidades, que estão em contato com os nutrientes. Do outro lado está a corrente sanguínea. 

Dá para imaginar a parede intestinal como sendo aquele pano que nossos avós usavam para fazer queijo, aquele tecido chamado “morim”. O morim tem micro buracos por onde passa o soro do leite. Só passam pequenas partículas, as grandes ficam.

Na barreira intestinal acontece de maneira similar. Quando intacta, somente passam aminoácidos individuais. Quando ela se rompe, pedaços maiores de alimentos – peptídeos com 10, 20, 30 aminoácidos grudados – passam para a corrente sanguínea.

O sistema imune detecta essa anomalia e se pergunta: “o que é isso?”. E desencadeia uma resposta autoimune para essa proteína mal digerida.

Isso pode levar a Síndrome do intestino irritável, ou vazamento intestinal

Barreira hematoliquórica

Assim como temos a barreira intestinal, temos a barreira hematoencefálica. É muito mais fina e eficiente que a barreira intestinal. Nela também existe o fenômeno de criação de anticorpos cerebrais, que são muito mais poderosos (e causam mais efeitos colaterais) que os anticorpos fabricados no trato gastrointestinal.

A Glia possui quatro células para cada neurônio. Elas existem nessa quantidade justamente porque precisa proteger os neurônios.

Se um indivíduo tem vazamento intestinal, com o tempo pode levar a um vazamento cerebral, pois toxinas e poluentes conseguem ultrapassar essa barreira cerebral, que vai acabar afetando os neurônios. Esse é um dos mecanismos do Alzheimer.

Glúten

Sobre esse assunto daria pra escrever muito. Mas nos limitaremos á analisar a seguinte frase:

Nenhum ser humano tem enzimas para degradar o glúten

Podemos imaginar cada proteínas que compõe o quimo, no intestino, como um colar de pérolas. Cada perola é um aminoácido.

Quem faz o papel de separar as pérolas do colar são as nossas enzimas. Como a cadeia do glúten e muito emaranhada, as enzimas não conseguem separá-las completamente. Então elas passam para a corrente sanguínea em forma de clusters, que são grupos de aminoácidos. Na corrente sanguínea são reconhecidos como antígenos, e o sistema imune irá combater essa molécula.

Quem tiver curiosidade sobre o assunto, basta procurar no Google acadêmico por “Gluten and desease” ou “glúten inflammation” ou fazer sua própria pesquisa. Vai encontrar muita documentação séria a respeito.

Para entender melhor as doenças autoimunes

Para entender mais facilmente esse processo, vamos usar nossa imaginação.

Na cidade onde moramos, temos pessoas boas e más: são os marginais – ladroes, assassinos, traficantes, motoristas inconsequentes etc.

Normalmente a polícia civil, militar e guarda municipal dão conta desses crimes. 

Agora imaginemos que os crimes se intensificam. Gangues poderosas e numerosas, crime organizado etc., – chegam à cidade. As forças policiais locais já não conseguem manter a ordem. Então pedem ajuda às forças federais, PF, Exército, Marinha ou Aeronáutica. Sabemos que essas forças são bem treinadas, e não vem para brincar. Possuem armas pesadas e inteligência militar superior. Não estão muito interessadas no cotidiano local, eles vêm com uma função e vão cumprir ela, as vezes com dano colateral.

É exatamente o que acontece com nossas defesas, com nosso sistema imune.

Normalmente o sistema imune inato dá conta dos pequenos incidentes. Porém quando não consegue mais, porque a carga de patógenos, toxinas ou inflamação é demasiada, chama os linfócitos T (sistema imune adaptativo) para a defesa. Anticorpos são criados para essa função, e recebem a ordem imaginaria: “procurem pela assinatura do vírus (vamos imaginar que seja AABCD)”.

Os anticorpos chegam na corrente sanguínea procurando pela sequência de aminoácidos AABCD. Se encontram, disparam balas químicas para eliminar o invasor. Esses anticorpos ficam viajando na corrente sanguínea a procura da assinatura. Passam pela tireoide, e para nossa infelicidade veem que algumas células da tireoide possuem uma sequência de aminoácidos que contem a cadeia AABCD, e disparam. E danificam algumas células da tireoide.

Os anticorpos estão agora passando pelo coração, e novamente veem a assinatura procurada em células cardíacas, então disparam, danificando algumas células. Mais adiante, os anticorpos chegam ao cérebro, encontram a assinatura, e disparam. Quanto mais anticorpos produzidos (devido aos patógenos) , maior o dano aos nossos órgãos e tecidos.

Acima fizemos um retrato do que ocorre no SGI – Sistema gastrointestinal. Essa sequencia de eventos é similar quando temos fungos, bactérias, vírus, poluentes, excito toxinas ou outros patógenos. Se esses ataques ao nosso organismo são constantes, ou se ultrapassamos a tolerância oral, o fluxo de reação autoimune vai ser similar.

Quando esticamos uma corrente, onde ela vai rebentar? no elo mais fraco. Se a tireoide for o órgão mais fraco, ali vai aparecer o problema. Se for o cérebro, ali vai aparecer o problema, como perda de memória, cognição, equilíbrio, e até demência.

Perguntas intrigantes

Tem como evitar as doenças autoimunes?

            Sim, pelo estilo de vida. A epigenética nos ensina como fazer

Se já temos uma doença autoimune, tem como interromper o processo?

            Sim, parando de jogar gasolina na fogueira

Tem como curar?

            Depende do estágio de destruição dos órgãos e tecidos. Mas sempre é possível dar um passo em direção a saúde

Quer saber mais?

Consulte-nos, ficaremos felizes de compartilhar com você nosso conhecimento e ajuda-lo a manter a saúde, ou voltar a tê-la.

Leituras recomendadas:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5440529/

Como tratar doenças autoimunes

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1 comentário em “Doenças autoimunes”

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