Sabe aquelas dores que você tem dificuldade pra eliminar? 

Você pode ter feito vários tratamentos e nada resolveu. Analgésicos tampouco ajudam. 

Nesses casos, teste a Terapia Neural.

Definição 

 A Terapia Neural é uma medicina complementar regulatória minimamente invasiva que não possui quase nenhum efeito colateral. Consiste num estímulo através da injeção de anestésicos locais em pontos específicos do corpo, tendo seu efeito
terapêutico sobressaindo o efeito anestésico.

Ação esperada

A Terapia Neural é tem como objetivo tratar um corpo doente com suas próprias forças internas ao desbloquear campos de interferência internos, usando o Sistema Nervoso Vegetativo como condutor. Essa parte do Sistema Nervoso possui circuitos reguladores hormonais, humorais, celulares e neurais, sendo uma parte muito importante de todas as reações do organismo. O corpo é estimulado através da aplicação de anestésicos locais diluídos, fazendo com que ocorra a autorregulação do organismo, combatendo a doença. Além dos anestésicos locais possuírem ação antimicrobiana e anti-inflamatória, seu potencial é de 290 milivolts e sua aplicação faz com que a célula repolarize e estabilize seu potencial de membrana. Os medicamentos mais utilizados para a realização da Terapia Neural são a procaína e a lidocaína.

Essa técnica pode ser utilizada para tratar diversas enfermidades como transtornos ginecológicos, neurológicos, enxaquecas, sinusites, otites, amigdalites, asma, afecções dermatológicas, entre outras.

Sistema nervoso autônomo

O Sistema Nervoso Autônomo, também conhecido como vegetativo, é responsável por manter a homeostasia ao controlar os órgãos viscerais do corpo e suas secreções glandulares. Esse sistema regula funções como frequência cardíaca, salivação, digestão, frequência respiratória, entre outras.

A Terapia Neural é uma técnica que tem como objetivo tratar um corpo doente com suas próprias forças internas ao desbloquear campos de interferência internos, usando o Sistema Nervoso Vegetativo como condutor. Essa parte do Sistema  nervoso possui circuitos reguladores hormonais, humorais, celulares e neurais, sendo uma parte muito importante de todas as reações do organismo.

Sabendo que irritações no tono neurovegetativo desencadeiam doenças, a Terapia Neural tem como objetivo neutralizar essas interferências através da aplicação de anestésicos locais diluídos, principalmente nos locais em que o sistema  vegetativo sofreu a lesão.

Sobre a bioeletricidade

Um corpo, seja ele animal ou humano, é formado por energia e matéria, sendo assim um organismo bioelétrico formado por átomos, fótons, elétrons, nêutrons e outras partículas subatômicas das células que produzem uma corrente elétrica. Essa corrente é transmitida através de todo o organismo fazendo com que funcione da forma correta. Se por algum motivo ocorre um transtorno no funcionamento desse sistema elétrico das células, o organismo adoece. Alguns aparelhos foram desenvolvidos para medir esse potencial elétrico, como eletrocardiograma, eletroencefalograma e eletromiograma.

Devido a isso, a Terapia Neural é considerada uma terapia de autorregulação, atuando diretamente no Sistema Nervoso Autônomo, corrigindo uma disfunção que ocorreu nesse sistema elétrico. Seu objetivo é descobrir onde estão as células afetadas, que são áreas chamadas de campos interferentes, onde a polarização e a repolarização celular não estão ocorrendo. São nesses pontos que é feita a administração dos anestésicos locais, reestabelecendo o potencial elétrico.

Mecanismo de ação

As células em repouso possuem um potencial elétrico que varia de -40 a -90 milivolts devido a presença de íons de sódio e potássio. Ao contrário do meio intracelular, no líquido extracelular existem substâncias com cargas positivas, e isso mantem o potencial elétrico da membrana. A presença de um estímulo faz com que a célula se despolarize quando ocorre a entrada do sódio e a saída do potássio, mas o normal é que ocorra a repolarização dessa célula logo em seguida. Quando  não ocorre a repolarização, é devido ao estímulo ser constante, forte ou irritativo, fazendo com que a célula continue despolarizada e debilitada.

Para que ocorra a repolarização da célula e o organismo volte a funcionar normalmente, são utilizados anestésicos locais diluídos. O objetivo é que o seu efeito elétrico faça com que a célula volte ao normal, já que seus efeitos anestésicos são mínimos devido a diluição. A procaína induz uma tensão bioelétrica de cerca de 290 milivolts a nível da membrana celular, estabilizando o potencial da membrana das células afetadas, que agora tem a capacidade de repolarização, recuperando e
estabilizando também o sistema neurovegetativo 
A procaína é absorvida rapidamente pelo organismo após a administração intramuscular e subcutânea pois é hidrolisada em ácido p-aminobenzóico e dietilaminoetanol. Sua distribuição é
influenciada pelo metabolismo, ela não se acumula nos tecidos ou no plasma, e se liga pouco a proteínas. Sua metabolização ocorre no plasma pela acetil-colinesterase, por isso é mais utilizada e tolerável à maioria dos pacientes.

Vias de ação

Uma das vias de ação da Terapia Neural é a terapia local, onde o anestésico é injetado diretamente no local da dor, seja ele na musculatura, tendões, pele, inserções de ligamentos, nervos periféricos, entre outros. Isso porque a ação tem efeito imediato, melhorando a circulação local e agindo como anti-inflamatório.

Outra forma é pela terapia segmentar, que consiste na aplicação da procaína em uma área onde os sintomas são projetados, podendo ser nódulos, raízes de nervos, áreas da coluna vertebral, artérias periféricas, gânglios vegetativos, entre outros.

A terceira forma de aplicação é através de um campo interferente, que é um distúrbio crônico que pode estar em qualquer parte do corpo produzindo alterações locais ou à distância. Nesse caso, pode ser um corpo estranho, cistos, calos ósseos, cicatrizes, dentes inclusos, restos de raízes de dentes, entre outros.

Formas de aplicação

A aplicação do anestésico, que pode ser procaína ou lidocaína, pode ser feita de várias formas. Além das mais utilizadas que são os pontos de acupuntura e as zonas de Head, também pode ser feito por via intravenosa, nebulizadores, pomadas, via endovenosa, canal medular, entre outros. Todos os pontos de acupuntura são utilizados na estimulação da Terapia Neural, e 70% deles são chamados de pontos gatilhos.

Fonte

Fonte: Terapia neural – Julia Elizabeth Piaia1 e Jairo Nunes Balsini

Leitura recomendada: https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/terapia-neural-bca-0008s

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